segunda-feira, 7 de março de 2011

Nicole Antun


sábado, 8 de janeiro de 2011


Nababescamente

You are home

Geralmente tento manter a calma, mas sempre fracasso. Não quero ter que externar esses sentimentos feios que tem me percorrido. Mas se insistem, terei que lhes dizer. Não será confortável pra nenhum de vocês, mas acredite: Será um alívio para mim.
Não, não. Pra quê explodir agora? Agora que já aturei tanto. Aturo mais um pouco. Não é nada. Aham, aguento.
Por quanto tempo? Porque se for demorar, eu queria pedir só o meu cantinho de volta. Você sabe, meu canto, com meu cheiro, e não esse perfume profundamente enjoativo. Cabe nele minhas coisas?
Ué! Onde elas foram parar? Estavam tão arrumadinhas há 2 meses atrás...
OH! Puxa, que cabeça a minha! Foi justamente quando passou o vendaval, o tsunami, o terremoto. Minhas coisas, meu canto, minha cabeça e minhas atitudes ficaram em pura disritmia após isso. E olhe, já faz              2 meses e uns bocados...
Posso então, pedir aquelas tardes de volta? É, aquelas! Que meus cantos gritados ecoavam entre o corredor e a cozinha, e minha única companhia era um cachorro. E não havia algemas, ou punição para nada que eu fizesse, já que eu podia ir e voltar, sair e sumir, sem que ninguém ao menos soubesse.
O que é isso? De que falamos? Liberdade? É algo como se sentir livre, talvez? É, acho que sim.
Estou numa gaiola, que quando entrei já estava em confusão, e a cada dia que permaneço nela, a confusão aumenta.
Preciso disso. Talvez o Ânimo resolva dar as caras, e assim tudo flui.
Por enquanto, deem-me um fone de ouvido, selem minha boca, tapem meu nariz, coloquem vendas em meus olhos, e prometo que vou tentar suportar todo esse inferno.

Nicole Antun

http://thewordsofn.blogspot.com/

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